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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Usando corretamente o freio

Formulas Caros amigos, não gosto muito da idéia de plantar formulas que expliquem situações. Uma hora vc vai se deparar com uma situação ligeiramente diferente, e a formula não vai funcionar. Prefiro colocar na perspectiva da física, procurando entender o movimento, para poder concluir qual a melhor linha de ação. Primeiro os 70/30. Poderia até se dizer isso, se estiver acompanhado da afirmação que é um procedimento genérico. Cada situação exige específica ação. O que é irrefutável, é que irá acontecer uma transferência de peso para a frente, portanto exigindo mais desse freio. Quanto mais curta tiver que ser a frenagem, maior a ênfase que terá que ser dada ao dianteiro. Podendo chegar aos 100%. A colocação quanto ao uso do freio traseiro um pouco antes do acionamento do dianteiro, está correta. A suspensão traseira baixa ligeiramente antes de iniciar sua subida em função da transferência para frente. Ganha-se o curso que ela percorrerá. Ou seja, terá mais tempo de contato com o solo. Quanto a corridas, a máxima diz: se vc não está acelerando, deve estar freando e vice-versa. A neutralidade que observa é porque a frenagem está sendo estendida até o ápice da curva praticamente. Preste bastante atenção quando passarem aquelas imagens on-board, mostrando o punho direito. Irá perceber que o acionamento acontece, a moto se inclina, e em algum ponto o manete é liberado e a aceleração é retomada. Para os esses: na troca de sentido, é muito difícil conseguir trocar a moto de lado se não houver uma rápida desaceleração no meio. Já tentei fazer acelerando, ou mantendo a aceleração e a força necessária é grande. Acaba sendo infrutífero porque se cansa bastante e rápido. Se a segunda perna é mais fechada que a primeira, a adequação da velocidade deve levar isso em conta. Normalmente se sacrificaria um pouco a velocidade da primeira para que a mudança de direção possa ocorrer rapidamente sem o uso ou pelo menos pouco uso do freio para a segunda. Assim ambas são tomadas com melhor eficiência. Para as motos mais altas de uma maneira geral, ou qqr moto, seguem os mesmos princípios físicos. Numa frenagem de emergência, privilegia-se o manuseio do freio dianteiro porque essa roda irá receber toda a carga da massa pra cima dela. O "alicatar" na verdade é um termo que a gente usa pra descrever aquela pegada rápida, no susto, onde se aperta o manete energicamente e bem rápido. Alicatar qqr moto quase sempre significa um travamento prematuro da roda, e por consequência, possibilidade de perda de controle. Mas se em contrapartida o manete for pego com energia, precisão e delicadeza no acionamento, a probabilidade de provocar um travamento se torna muito pequena. Isso acontece porque uma vez que o contato da pastilha acontece com o disco, inicia-se o atrito e o aumento da temperatura de maneira como foi planejado para ser. Se no entanto o manete for pego de uma vez, pode apenas pinçar o disco e aí sim provocar o travamento. Para ilustrar isso, tente replicar a experiência num carro. Meta o pé de uma vez no freio e veja como as rodas travarão, e depois tente aplicar a pressão progressivamente, e verá que é muito mais difícil provocar o travamento. Agora no seu cenário, de uma moto alta, permita me ilustrar porque essa sensação de maior equilíbrio numa distribuição mais uniforme da frenagem, entre a roda traseira e a dianteira. Ao se acionar o freio traseiro, a traseira da moto tende a afundar, uma vez que a parte de cima da roda, que é a que tá no ar sem contato com o solo, tenderá a ir prá baixo com o movimento para frente. Esse afundamento da suspensão traseira é mais notado em motos com cursos de suspensão longos, como as big-trail`s. Ao se incorporar a situação o freio dianteiro, começa uma maior transição do peso para essa roda, tendendo a deixar a traseira leve. endo se aplicado momentos antes o freio traseiro, ganha-se esse curso a mais da suspensão traseira, em contato mais prolongado dessa roda com o solo, passando essa sensação mais confortável de estabilidade. Mas não se engane: na hora do pega-pra-capá, o dianteiro é que resolve a parada! Abraço! Freio motor Não só pode como deve. Se observar os posts anteriores verá que a situação é o que determina a ação. De maneira genérica, o freio motor deve ser utilizado como recurso de desaceleração quando a frenagem é programada. Ou seja, não existindo a condição emergencial. Nessas frenagens programadas, como a aproximação de um farol vermelho por exemplo, a redução é útil porque evita um desgaste maior nos freios, alem de contribuir para a educação do motociclista quanto ao planejamento de distância e tempo necessários. Esse curso de ação não pode ser confundido com o que é aplicado no esporte, onde máximas prevalecem. Ali, a redução de marchas tem somente o papel de adequar a rotação do motor para a velocidade que será aplicada na saída de curva, não contribuindo para o processo de frenagem uma vez que a eficiência dos freios dianteiro e traseiro é infinitamente superior a da redução com freio motor. Apenas complementando a idéia, talvez tenha me excedido ao dizer "somente", porque em aproximação de determinadas curvas em circuitos, a frenagem poderia ser excessiva para o processo, enquanto uma redução de marchas pode promover maior eficiência. Recaimos então na observação da circunstância, sendo ela determinante na utilização ou não do freio motor como composição da frenagem. Abrs! By Nenad Djordjevic

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